Estimado como um dos mais próximos conselheiros do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno Pereira, defendeu o perdão concedido ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). Para ele, a democracia foi valorizada.
Tratando da possibilidade do indulto ser contestado no Supremo Tribunal Federal (STF), o general diz que "desrespeitá-lo abre as portas para o personalismo e para a insegurança jurídica".
Heleno faz parte da ala militar do Planalto e, ao lado de Walter Braga Netto (PL), cotado para ser vice de Bolsonaro em sua chapa à reeleição, é um dos generais mais próximos do presidente brasileiro.
Na quarta-feira (20), o plenário do Supremo condenou Silveira em razão de ameaças e incitação à violência contra ministros da Corte. Também determinou a perda do mandato do deputado e a perda de seus direitos políticos enquanto durarem os efeitos da pena.
Bolsonaro editou um decreto logo em seguida que livra o parlamentar da pena de oito anos e nove meses de cadeia.
O instrumento utilizado pelo presidente para perdoar as penas foi o instituto da graça, previsto no Código de Processo Penal.
Partidos da oposição entraram com ações para anular o decreto de Bolsonaro. Caberá à ministra Rosa Weber, definida por sorteio como relatora, decidir sobre o tema.