Panorama internacional

Hillary Clinton apela à Índia que se junte às sanções antirrussas por depender menos do óleo russo

Hillary Clinton instou Nova Deli a se juntar às sanções ocidentais contra a operação especial da Rússia na Ucrânia, além de reconhecer que é "uma nação cuja posição importa".
Sputnik
Hillary Clinton, ex-secretária de Estado dos EUA (2009-2013), tentou na quinta-feira (21) encorajar a Índia a se juntar à resposta dos países ocidentais contra a operação militar da Rússia na Ucrânia, afirmando que os "esforços para parar a agressão russa e também a agressão chinesa são do interesse de toda a gente".
Ao mesmo tempo, Clinton admitiu que a dependência europeia do petróleo russo é um problema muito maior para os EUA do que a Índia, já que Nova Deli compra uma quantidade "minúscula" de petróleo cru da Rússia.
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"É importante reconhecer que a Índia é tida em grande conta como uma nação cuja posição importa. Se a Rússia está olhando em seu torno desesperadamente [para] encontrar alguém algures que vá ser neutro ou ajudar [...] Esperamos que a Índia seja mais firme em deixar claro que essa [operação militar] é absolutamente errada", disse a ex-política falando no Conclave Econômico da Índia.
A ex-candidata à presidência dos EUA em 2008 e 2016 também invocou o grupo Quad, composto pela Austrália, EUA, Índia e Japão, como argumento para persuadir Nova Deli.
"Eu entendo as escolhas difíceis que vocês têm de fazer. O meu argumento é que agora vocês fazem parte do Quad. Eu disse no passado que vocês devem olhar para o Oriente e também para o Ocidente", adicionou ela.
A Índia tem recusado impor sanções à Rússia e apenas instou ao fim das hostilidades na Ucrânia. O país tem aumentado as importações petrolíferas da Rússia, sendo que no período entre 24 de fevereiro e 18 de abril de 2022 o número de petroleiros russos que chegaram à Índia aumentou oito vezes em comparação com o mesmo período do ano 2021, relatou na quinta-feira (21) a revista Nikkei Asia.
Nova Deli declarou diversas vezes que está preparada para comprar petróleo de qualquer país a preços baixos para assegurar as necessidades energéticas de sua população de 1,3 bilhão de pessoas.
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