Nesta sexta-feira (22), durante brefing, o porta-voz do Ministério da Defesa russa, major-general Igor Konashenkov, informou que a situação em Mariupol voltou ao normal e que moradores podem finalmente se mover livremente pelas ruas e parar de se esconder dos bombardeios dos neonazistas ucranianos.
"Ajuda humanitária está sendo entregue: comida, água e necessidades básicas. As autoridades da República Popular de Donetsk estão organizando a limpeza das ruas, dos escombros e a remoção do equipamento militar ucraniano destruído", disse Konashenkov.
O porta-voz também afirmou que os neonazistas do Batalhão Azov restantes, junto aos mercenários estrangeiros dos Estados Unidos e da Europa, foram bloqueados na siderúrgica Azovstal.
Entretanto, "os neonazistas ignoram nossas exigências para libertar as mulheres e crianças supostamente presas a eles [...]", disse Konashenkov, acrescentando que os combatentes do Batalhão Azov e o governo de Kiev recebem informações sobre o procedimento para a saída de civis – se houver – de Azovstal para posterior evacuação de hora em hora.
Segundo o major-general, o fato de os neonazistas do Batalhão Azov e mercenários estrangeiros terem feito reféns civis prova que eles não são "defensores", mas sim "terroristas".
Nesse sentido, as tentativas forçadas do porta-voz do Departamento de Estado dos EUA de mentir sobre neonazistas mantendo o controle sobre Mariupol são notícias falsas e cumplicidade com o terrorismo em nível estadual, argumentou o militar.
"O Departamento de Estado habitualmente desinforma seus próprios cidadãos e todos os outros", enfatizou Konashenkov, referindo-se a uma afirmação do porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, que disse a repórteres que as forças ucranianas ainda mantêm terreno em Mariupol, ao mesmo tempo que as declarações de Moscou sobre a libertação da cidade são desinformação.
Na visão da Defesa russa, Washington está interessado no território ucraniano, moradores de Mariupol e outras cidades apenas quando se trata de se beneficiar de suprimentos de armas para a Ucrânia e combater a Rússia "até o último ucraniano", acrescentou o major-general.