A lei argentina requer uma permissão para trabalhar na plataforma continental do país e pune o não cumprimento dessas regras com uma proibição de atividades de 5 a 20 anos.
"O Ministério de Energia [...] após conduzir o processo administrativo correspondente, determinou que as atividades desenvolvidas por Navitas eram ilegais, pelo que a empresa [...] foi desqualificada por um período de 20 anos da realização de atividades no território da Argentina", notou o comunicado.
Em julho de 2021 o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério de Energia da Argentina sancionaram as empresas petrolíferas Chrysaor Holdings Limited e Harbour Energy Plc, do Reino Unido, e Navitas Petroleum LP, de Israel, devido a operações relacionadas com a exploração de hidrocarbonetos na plataforma continental argentina na Bacia Norte das Malvinas, "realizadas sob licenças ilegais das autoridades ilegítimas das ilhas Malvinas".
As ilhas Malvinas, ou Falklands, continuam sendo objeto de uma longa disputa entre Argentina e Reino Unido, que levou a um conflito armado em 1982, e que resultou na vitória de Londres. Na época, a Argentina tentou se reestabelecer pela força nas ilhas, controladas pelo Reino Unido desde 1833.
Em março de 2013, o arquipélago realizou um referendo sobre o status do território, com 99,8% dos residentes locais votando para permanecer como território britânico ultramarino. A Argentina não reconheceu os resultados da votação. As tensões sobre o território se intensificaram depois que as companhias petrolíferas britânicas disseram ter descoberto novos depósitos de petróleo e gás perto das ilhas em 2015.