Funcionários dos EUA e da União Europeia (UE) estão discutindo restringir as importações de petróleo da Rússia ao bloco europeu, relata na sexta-feira (22) a agência norte-americana Bloomberg.
O objetivo é infligir o maior dano econômico possível a Moscou, escreve a agência citando fontes. No entanto, Washington está preocupado com a possibilidade da alta do preço do petróleo, o que mais que compensaria a perda no fornecimento da Rússia.
Assim, as opções em cima da mesa seriam a proibição, criar um preço máximo e a introdução de um mecanismo de pagamento que reduza a renda da Rússia desde que começou a operação militar especial na Ucrânia. O Canadá e os EUA já proibiram a importação de petróleo da Rússia.
A decisão final sobre as medidas está nas mãos dos Estados-membros da UE, de acordo com a Bloomberg.
A UE tem trabalhado em uma sexta rodada de sanções para aplicar à Rússia. No entanto, as sanções do bloco requerem unanimidade, e Estados-membros como a Alemanha e a Hungria têm se oposto à proibição total de importar petróleo e gás da Rússia.
Segundo uma das fontes da Bloomberg, o consenso poderia ser atingido com uma proibição parcial, sem banir o diesel e outros produtos derivados. Foi também citada uma proposta que congelaria em uma conta especial parte das rendas de hidrocarbonetos da Rússia até suas tropas serem retiradas da Ucrânia.
A Rússia começou em 24 de fevereiro uma operação militar especial na Ucrânia com o objetivo da "desmilitarização e desnazificação" da Ucrânia, citando o "genocídio" e ameaças à população russófona na região de Donbass, além de preocupações com a possibilidade de o país vizinho se poder tornar um ponto de partida para a invasão da Rússia pelos países ocidentais, que se alinharam com Kiev após o golpe de Estado em 2014.