A cratera na foto é conhecida como Airy-0, uma depressão de aproximadamente 500 metros de largura que, por sua vez, está inserida dentro da cratera muito maior Airy, que tem cerca de 43,5 km de largura.
A imagem foi tirada no ano passado pela câmera de alta definição HiRISE que está montada no satélite Orbitador de Reconhecimento de Marte (MRO, na sigla em inglês) da NASA, mas foi compartilhada pela agência norte-americana em meados deste mês.
Em 1884, os astrônomos escolheram a maior cratera Airy para marcar o meridiano principal de Marte, ou seja, a linha de zero graus de longitude onde o leste encontra o oeste, segundo NASA. Já na Terra, o meridiano principal é marcado pelo Observatório Real de Greenwich, no Reino Unido, que indica a fronteira entre os hemisférios oriental e ocidental.
Cratera Airy-0 em Marte
© Foto / NASA/JPL-Caltech/University of Arizona
Os astrônomos escolheram Airy para marcar o meridiano marciano principal porque era grande o suficiente para ser vista por telescópios na época. "Mas à medida que as fotos de alta resolução se tornaram disponíveis era necessária uma característica menor", escreveram representantes da NASA.
Os cientistas escolheram Airy-0 para substituir Airy como marcador do meridiano principal porque tinha o tamanho certo, mas não exigia alterações drásticas para os mapas existentes. As cristas luminosas na cratera são conhecidas como cristas eólicas transversais (TARs, na sigla em inglês).
Elas são formadas por dunas de areia que são cobertas por uma fina camada de poeira, disse Abigail Fraeman, cientista planetária que faz parte do projeto Curiosity da NASA, ao portal Live Science.
A poeira que cobre as cristas é provavelmente hematita, um mineral feito de dióxido de ferro que dá ao solo uma cor cinza na foto.