No início do dia, Schallenberg disse a repórteres que Kiev e Bruxelas precisam de um novo modelo de cooperação — o que não implicaria a adesão plena da Ucrânia à União Europeia.
"Estamos desapontados com as declarações do ministro das Relações Exteriores austríaco sobre o futuro europeu da Ucrânia. Consideramo-las estrategicamente míopes, e não no interesse de uma Europa unida. Tais declarações também ignoram o fato de que a maioria da população dos países fundadores da União Europeia apoia a adesão da Ucrânia", disse Nikolenko em comunicado publicado no site do ministério.
O porta-voz lembrou as palavras do ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitry Kuleba, de que "o povo ucraniano está pagando um preço muito alto pelos erros de muitos governos europeus" e por isso a Ucrânia tem todos os motivos para exigir o reconhecimento objetivo de seus méritos e um papel estratégico para a UE.
"Graças à vontade e coragem indestrutíveis do presidente da Ucrânia e do povo ucraniano, a Europa hoje pode viver em paz. Sem exagero, nosso Estado se tornou um posto avançado de proteção da segurança da UE, liberdade europeia e valores europeus", acrescentou Nikolenko.
A Ucrânia solicitou a adesão à UE em 28 de fevereiro, logo após a Rússia lançar sua operação militar.
Em 18 de abril, Vladimir Zelensky, presidente ucraniano, entregou o formulário da Ucrânia para obter o status de candidato à União Europeia ao embaixador do bloco na Ucrânia, Matti Maasikas.
A inscrição da Ucrânia foi seguida pela Geórgia e pela Moldávia, que decidiram acelerar a apresentação das suas candidaturas e receberam o mesmo formulário da UE em meados de abril.
Em 24 de fevereiro, a Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia, depois que as repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) pediram ajuda para se defenderem dos ataques ucranianos.
Em resposta à operação da Rússia, os países ocidentais lançaram uma ampla campanha de sanções contra Moscou.