"Esta é uma preocupação compartilhada, não apenas pela Austrália, mas por [...] governos regionais, particularmente lugares como Fiji e Papua-Nova Guiné", afirmou Morrison neste domingo (24) durante visita ao Território do Norte da Austrália, antes das eleições federais marcadas para o próximo mês.
"Trabalhando em conjunto com nossos parceiros na Nova Zelândia e, claro, nos Estados Unidos, eu compartilho a mesma linha vermelha que os Estados Unidos quando se trata dessas questões. Não teremos bases navais militares chinesas em nossa região por perto de [nossa] esquina", enfatizou Morrison.
O premiê australiano acrescentou que o seu homólogo das Ilhas Salomão, Manasseh Sogavare, "claramente compartilha nossa linha vermelha", e não permitiria que o Exército de Libertação Popular da China construísse qualquer tipo de base em seu país.
Por sua vez, Washington ameaçou "responder em conformidade" se a China tentasse estabelecer uma presença militar permanente nas Ilhas Salomão – uma nação insular do Pacífico situada a cerca de 1.500 km a nordeste da Austrália e mais de 9.200 km a sudoeste da costa oeste dos EUA.
Nesta segunda-feira (25), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse durante uma coletiva de imprensa que as alegações da pretensão de Pequim de construir uma base militar nas Ilhas Salomão no âmbito do acordo bilateral de segurança são desinformação.
"As declarações feitas por algumas pessoas com segundas intenções sobre a chamada base militar nas Ilhas Salomão são desinformação", disse o diplomata.
Ele ressaltou que a cooperação de segurança entre os dois países é baseada no princípio de igualdade de benefícios mútuos.
Na semana passada, Pequim anunciou a assinatura de um acordo de segurança com as Ilhas Salomão em meio a serias preocupações expressas pelos EUA e aliados, mas a nação insular garantiu a outros países do Pacífico que o pacto não prejudicaria a dinâmica de segurança regional.