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'Irresponsável' e 'ofensa grave', diz ministro da Defesa do Brasil sobre declaração de Luís Barroso

O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, divulgou uma nota na noite deste domingo (24) para rebater uma declaração do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre as Forças Armadas.
Sputnik
Oliveira classificou como "irresponsável" e "ofensa grave" a afirmação de Barroso de que existe orientação para que as Forças Armadas façam ataques ao sistema eleitoral brasileiro, conforme noticiou o jornal Folha de S.Paulo.
Neste domingo (24), o ministro do STF participou do evento Brazil Summit Europe 2022, promovido pela universidade alemã Hertie School.
Sem citar o presidente Jair Bolsonaro, com quem tem trocado farpas sobre o processo eleitoral, Barroso disse que há um esforço para levar as Forças Armadas ao "varejo da política" e que isso seria uma "tragédia" para a democracia.
"Desde 1996 não tem um episódio de fraude no Brasil. Eleições totalmente limpas, seguras e auditáveis. E agora se vai pretender usar as Forças Armadas para atacar? Gentilmente convidadas a participar do processo, estão sendo orientadas para atacar o processo e tentar desacreditá-lo?", questionou.
Oliveira, que assumiu a pasta há um mês e comandava o Exército até o fim de março, afirmou que "o Ministério da Defesa repudia qualquer ilação ou insinuação, sem provas, de que elas [as Forças Armadas] teriam recebido suposta orientação para efetuar ações contrárias aos princípios da democracia".

"Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas instituições nacionais permanentes do Estado brasileiro. Além disso, afeta a ética, a harmonia e o respeito entre as instituições", disse, em nota, o ministro.

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O ministro da Defesa afirmou ainda que, ao serem convidadas para participar da Comissão de Transparência das Eleições, do TSE, as Forças Armadas apresentaram propostas "colaborativas, plausíveis e exequíveis".
O convite partiu do próprio Barroso. O TSE chegou a decidir que o general Fernando Azevedo e Silva, ex-ministro da Defesa no governo Bolsonaro, seria diretor-geral do tribunal durante a disputa eleitoral em outubro de 2022. Porém, depois, o general anunciou desistência do cargo.
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