Panorama internacional

OTAN usa 'psicose da guerra' e pressão contra todos que a questionam, diz ex-ministro da Finlândia

O ex-ministro das Relações Exteriores da Finlândia Erkki Tuomioja afirmou que a OTAN usa a "psicose da guerra" e o temor contra todos aqueles que a questionam.
Sputnik
Além disso, ele afirma que a aliança condena todos os que põem em causa o ingresso de um novo membro, os chamando de "agentes de Putin".
De acordo com Tuomioja, atualmente o interesse pelo ingresso na OTAN é cada vez maior devido aos recentes eventos na Ucrânia, contudo a opinião pública, que tem um papel fundamental, é influenciada pelo temor espalhado pela mídia, usando a "psicose da guerra".
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O ex-ministro destacou durante a entrevista à National Public Radio, que a "ameaça de uma invasão russa" não é real e que está sendo usada apenas para provocar o temor e incentivar o ingresso do país na aliança ocidental.
Além disso, ele ressalta que a adesão da Finlândia à OTAN apenas traria discórdia e elevaria as tensões com a Rússia, contudo, todos aqueles que discordam da OTAN e da adesão finlandesa à aliança, são acusados e denominados de "agentes de Putin".

"Também estou preocupado com o nível do debate público. Qualquer um que questione a adesão está sendo difamado como agente de Putin", afirmou.

As autoridades da Finlândia e Suécia afirmam que podem abandonar a neutralidade e aderir à OTAN até meados deste ano. Para o especialista, Siqueira Campos, os escandinavos têm pouco a ganhar com essa medida e os EUA são quem sairia mais beneficiado.
Os maiores beneficiados com a entrada da Suécia e Finlândia na OTAN são os EUA que, segundo Siqueira Campos, professor e pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), usam as guerras para turbinar sua venda de armas e superar crises econômicas domésticas.
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