O autor observa que tais preocupações têm sido expressas desde o Fundo Monetário Internacional (FMI) ao banco de investimento Goldman Sachs.
Em sua opinião, a decisão da liderança de Washington de impor medidas restritivas contra Moscou pode virar um erro estratégico para os EUA.
"Seria muito irônico se o maior golpe contra esse sistema [liderado pelo dólar] fosse autoinfligido", opina Marcetic.
O colunista aponta que os Estados Unidos podem perder o privilégio que lhes permitia importar mais do que exportar sem arriscar criar um colapso da taxa de câmbio ou um amento das taxas de juros.
"Especialistas acreditam que as medidas extremas tomadas por Washington na tentativa de punir a Rússia por ações na Ucrânia aumentaram a vontade de outros países para deixarem de ser dependentes do dólar dos EUA, bem como do sistema financeiro que o suporta", sublinhou autor do artigo.
Segundo conclui Marcetic, muitos países já não consideram os bancos ocidentais um lugar seguro para os seus ativos estrangeiros, eles também chegaram à conclusão que a dependência do dólar como ativo de reserva ou de infraestruturas financeiras lideradas pelos EUA os torna vulneráveis no caso de mudanças geopolíticas.