"Nós respondemos prontamente à sua iniciativa de realizar outra reunião em Moscou sobre uma série de questões importantes, incluindo, é claro, a situação em torno da Ucrânia, que catalisa muitos problemas que se acumularam nas últimas décadas na região euroatlântica", declarou o chanceler russo.
Durante reunião com Lavrov, António Guterres afirmou ser necessário criar condições para diálogo sobre a Ucrânia e para um cessar-fogo neste país.
"Hoje estamos observando uma situação difícil na Ucrânia e temos diferentes interpretações do que está acontecendo lá. Mas isso não restringe a possibilidade de um diálogo sério", disse Guterres.
O secretário-geral acrescentou que a ONU está interessada em "criar todas as condições para um diálogo eficaz [sobre a Ucrânia], um cessar-fogo mais rápido lá e condições para uma solução pacífica".
Anteriormente, foi relatado que nesta reunião em Moscou o chefe da diplomacia russa Lavrov informaria Guterres sobre o desenrolar da operação militar especial na Ucrânia.
"Em foco estarão as questões relacionadas com a situação de crise na Ucrânia, nas [repúblicas populares de Donetsk e Lugansk] RPD e RPL, que resultou do conflito de oito anos desencadeado por Kiev contra a população de Donbass. O interlocutor será informado sobre o andamento da operação militar especial realizada pela Rússia, em conformidade com o Artigo 51º da Carta das Nações Unidas", lê-se em comunicado.
Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação especial militar para "desmilitarização e desnazificação da Ucrânia".