Ele não forneceu detalhes do que considera "algo anormal", contudo.
Segundo o jornal Correio Braziliense, Bolsonaro acrescentou que a suposta medida de "suspensão" das eleições valeria para todos os cargos eletivos — deputados estaduais, federais, senadores e governadores.
"Não pensam [sic] que uma possível suspensão de uma eleição seria só para presidente, isso seria para o Senado, para a Câmara, se tiver algo de anormal", disse.
O chefe do Executivo também mandou um recado para o ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luis Roberto Barroso.
"Se dirigindo [sic] ao Barroso, com currículo invejável, não deveria ter tido eleições de 2020 sem a conclusão daquele inquérito que deveria ser sigiloso. Ele mente", acusou.
Em seguida, o presidente citou um inquérito que correu pela Comissão de Transparência Eleitoral (CTE) que concluiu, em fevereiro deste ano, que as urnas eletrônicas brasileiras são extremamente confiáveis.
"Eles [TSE] convidaram as Forças Armadas para verificar o processo, mas se esqueceram que o chefe das Forças Armadas é Jair Messias Bolsonaro", declarou.
Sem apresentar qualquer tipo de prova, o mandatário citou uma suposta "sala secreta" do TSE, que, de acordo com suas alegações, teriam forjado resultados das eleições — algo que foi justamente negado pela CTE em fevereiro, após uma série contínua de ataques do chefe do Executivo acerca do processo eleitoral.
"Dá pra acreditar nisso? Uma sala secreta, onde meia dúzia de técnicos dizem no final 'quem ganhou foi esse'", disse, sem demonstrar, no entanto, qualquer evidência sobre tais alegações.