"Avisamos com antecedência o chamado Ocidente civilizado que esta e outras falsificações sangrentas semelhantes, orquestradas pelas autoridades de Kiev, sobre as supostas 'atrocidades russas' estão sendo planejadas para serem amplamente divulgadas na mídia e na Internet em um futuro próximo", disse o ministério.
Segundo o ministério, depois que a 57ª Brigada de Infantaria Motorizada das Forças Armadas da Ucrânia bombardeou Lisichansk, o escritório de informações e operações psicológicas ucranianas decidiu convidar a mídia local e a do Ocidente como um todo para a região, na tentativa de culpar a Rússia pelo ataque.
O ministério informou que as forças ucranianas estão transportando veículos militares danificados e corpos de soldados ucranianos mortos vestidos com roupas de civis para o mercado central da cidade.
"Tais ações das autoridades ucranianas, mais uma vez, demonstram sua atitude desumana em relação ao povo da Ucrânia e indicam o completo desrespeito a todas as normas de moralidade e direito internacional humanitário", disse a Defesa russa.
Cachorro ao lado do corpo de um homem na cidade de Bucha, na Ucrânia, 3 de abril de 2022.
© AFP 2023 / SERGEI SUPINSKY
No início do mês, em 4 de abril, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, definiu o caso do suposto ataque na cidade de Bucha como "fake news".
Segundo ele, a situação foi encenada e divulgada como verdade pela Ucrânia e pelo Ocidente, após a saída dos militares russos da cidade.
Na última terça-feira (26), o presidente russo, Vladimir Putin, em encontro com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, em Moscou, classificou o caso de "provocação", em meio às tentativas de buscar um acordo de paz.
"Sabemos quem fez isso [em Bucha], sabemos quem planejou essa provocação, quais recursos e pessoas estavam envolvidas", afirmou Putin.