As moléculas do ADN e ARN codificam informações usando cinco componentes de "informação" - os nucleotídeos. Três deles, a adenina, a guanina e a citosina, são parte de ambas as moléculas, enquanto a timina é apenas parte do ADN e o uracilo é parte do ARN.
Os nucleotídeos descobertos foram a citosina e timina, constituintes das cadeias de ADN e ARN. De acordo com o comunicado, outros três componentes tinham sido detectados nos meteoritos anteriormente e a dificuldade de encontrar os restantes dois foi causada pela estrutura frágil e delicada desses elementos, bem como pelos métodos de análise utilizados pelos pesquisadores. Em experimentos anteriores, os cientistas dissolveram os meteoritos caídos em ácido fórmico quente e analisaram o líquido resultante.
Ao examinar o último meteorito, os bioquímicos usaram água fresca em vez de ácido quente. Além disso, os pesquisadores disseram que estavam usando métodos analíticos mais sensíveis, que detectam até mesmo pequenas quantidades das moléculas.
"Agora temos evidências de que o conjunto completo de nucleobases usadas na vida hoje poderia estar disponível na Terra quando a vida surgiu", disse Danny Glavin, um dos autores do artigo no Centro de Voos Espaciais Goddard da NASA em Greenbelt, estado americano de Maryland.
Conforme a NASA, a descoberta não dá uma resposta inequívoca à questão se a vida na Terra surgiu independentemente da chamada sopa primordial ou se as moléculas trazidas do espaço contribuíram para o seu desenvolvimento. No entanto, os cientistas dizem que a existência de todas as bases nitrogenadas necessárias em corpos espaciais proporcionará mais oportunidades para os cientistas estudarem as origens da vida.