Durante o seu discurso nesta quinta-feira (28) em um evento organizado pelo Centro de Estudos Estratégicos Internacionais (CSIS, na sigla em inglês), o chefe de operações navais, almirante Michael Gilday, apelou para uma "abordagem de todo o governo para dissuadir a China", argumentando que o país está "nos desafiando através de todos os instrumentos do seu poder nacional".
"Nós certamente temos muito respeito por eles, com base em sua capacidade de aprender e evoluir", observou Gilday.
"Pensando nos fatos relacionados à China e seu crescimento fenomenal na esfera militar, mas também na dimensão econômica, não apenas regional, mas globalmente – eles excederam todos os prazos que já estabeleceram para si mesmos", ressaltou o almirante norte-americano.
O almirante dos EUA notou que enquanto Pequim tinha uma vez definido um prazo de 2050 para se tornar "uma potência global", desde então, adiantou este prazo, primeiro para 2035, e mais recentemente para 2027.
"E então assumimos esse prazo de 2027, do qual o presidente Xi [Jinping] falou pública e muito seriamente", disse Gilday, acrescentando que Washington procura manter as capacidades de "lutar esta noite" se for necessário.
Em termos de manter uma vantagem sobre as forças chinesas, Gilday disse que gostaria de ver mais financiamentos dedicados a "armas que vão importar em uma luta", argumentando que o Congresso dos EUA deve "em 2023 maximizar as linhas de produção doméstica de armas de alcance, velocidade, letalidade e capacidade".
Gilday acrescentou que os Estados Unidos têm mantido "vantagens duradouras" com sua força de submarinos, bem como nas áreas de computação quântica, inteligência artificial e veículos e embarcações não tripulados.