Pequim afirma que "o conflito [no território ucraniano] pode parecer um conflito entre a Rússia e a Ucrânia, mas na realidade é entre a Rússia e a OTAN, liderada pelos EUA".
Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, disse que os EUA "quebraram seus compromissos e promoveram a expansão da OTAN para leste, fato que é sem dúvida, responsável pelo desencadear da crise da Ucrânia".
Zhao também citou o fornecimento de armamento de Washington a Kiev, que estaria enriquecendo comerciantes de armas e de grãos norte-americanos. Os EUA estão assim deitando lenha na fogueira, afirma.
Ao mesmo tempo, apontou, a continuação da guerra e das sanções estão levando a um aumento na inflação, incluindo um incremento de 44,7% nos custos energéticos dos 19 Estados-membros que usam o euro na União Europeia (UE), em comparação com o mesmo período do ano anterior.
"A UE deve refletir sobre quem está se beneficiando desta guerra, quem foi transformado em campo de batalha nesta guerra e quem tem sofrido a maior perda durante esta guerra", sugeriu.
"Nas circunstâncias atuais, a comunidade internacional deve optar pela solidariedade, democracia, diálogo, negociação e independência em vez de divisão, hegemonia, sanções unilaterais e tomada de lados. Precisamos trabalhar em conjunto para desescalar o conflito e alcançar a paz o mais rápido possível. A China está pronta para desempenhar um papel construtivo com todas as partes para este fim", sublinhou o diplomata.