O Reino Unido admitiu ter usado munições com fósforo branco durante exercícios militares no Quênia, de acordo com uma investigação militar interna obtida pelo portal Declassified UK.
O subsecretário de Estado Parlamentar das Forças Armadas do Reino Unido, James Heappey, disse que a substância química foi usada a fim de iluminar a área "de treinamento noturno, bem como para efetuar a triagem de fumaça".
Os exercícios teriam ocorrido em uma vasta área no Quênia, que inclui terras comunais, e os disparos de munições reais de morteiros podem ter afetado áreas "usadas por agricultores, aldeões e tribos nômades".
O parlamentar britânico Kenny MacAskill, que revelou o uso de fósforo no Quênia, disse no Parlamento que "os perigos do fósforo branco estão bem documentados e têm causado ferimentos e sofrimentos em muitos conflitos".
"É altamente perigoso que ele [fósforo] seja usado em exercícios de treinamento perto de locais onde se encontram civis ou por onde eles vão passar. Isso não deveria estar acontecendo e o Ministério da Defesa deveria cessar essa prática", disse ele.
A Unidade de Treinamento do Exército Britânico no Quênia (BATUK, na sigla em inglês) foi "acusada de assassinato, estupro, agressões sexuais, danos ambientais, exploração sexual de mulheres quenianas e mortes causadas pela manipulação egligente de munições não detonadas", de acordo com o portal Nation.Africa.