As informações foram divulgadas pelo jornal Helsingin Sanomat neste sábado (30).
De acordo com a publicação, a gigante de energia russa Gazprom pediu à empresa estatal finlandesa de energia Gasum para dar uma resposta antes de 20 de maio sobre o pedido da Rússia para receber pagamentos de gás em rublos.
O jornal reportou que a Finlândia, assim como a maior parte da Europa, poderia cortar o fornecimento de gás russo em 21 de maio.
No entanto, as autoridades finlandesas disseram que, sem o gás russo, a Finlândia precisará buscar fontes alternativas de fornecimento.
O ministro finlandês de Assuntos Europeus e Direção de Propriedade, Tytti Tuppurinen, disse na quarta-feira (27) que a Finlândia decidiu não concordar com os termos da Rússia sobre pagamentos de rublos por gás.
Porém, a Gazprom tem um contrato ativo com a Gasum. No início de abril, a Gazprom enviou uma carta à Gasum, notificando a empresa sobre os novos termos do seu contrato, em cuja minuta foi informado o novo método de pagamento do gás na moeda nacional russa.
No final de março, o presidente russo, Vladimir Putin, instituiu um decreto determinando que a Gazprom deve trocar os pagamentos de gás dos países que impuseram sanções à Rússia para rublos.
Isso ocorreu depois que vários países determinaram restrições à Rússia em resposta à sua operação militar especial na Ucrânia.
Ela foi iniciada em 24 de fevereiro, com o objetivo de "desmilitarizar" e "desnazificar" a Ucrânia, após pedido de ajuda das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) para combater ataques de tropas ucranianas.
A missão, segundo o Ministério da Defesa russo, tem como alvo apenas a infraestrutura militar da Ucrânia.
Moscou afirmou, em diversas ocasiões, que não mantém planos de ocupar o país.