Os raios gama são uma forma de radiação eletromagnética com o menor comprimento de onda e a maior energia.
O chamado excesso do Centro Galáctico (GCE, na sigla em inglês) é uma concentração de raios gama no centro da nossa galáxia. Até ao momento, esta radiação de raios gama não é bem compreendida pelos astrônomos.
O sinal foi detectado pela primeira vez em 2009 pelo Large Area Telescope, o principal instrumento do Telescópio Espacial de Raios Gama Fermi da NASA.
Sua origem tem sido debatida, com as principais sugestões incluindo a matéria escura autoaniquilante e uma acumulação indetectada de pulsares de milissegundos.
"Nosso trabalho não lança qualquer dúvida sobre a existência do sinal, mas oferece outra fonte potencial", disse Roland Crocker, astrônomo da Escola de Astronomia e Astrofísica da Universidade Nacional da Austrália. "É baseada em pulsares de milissegundo – estrelas de nêutrons que giram muito rapidamente – cerca de 100 vezes por segundo", acrescentou pesquisador.
Imagem de raios gama da Via Láctea captada pelo Telescópio Fermi
© Foto / NASA/DOE/Fermi LAT Collaboration
Cientistas já detectaram emissões de raios gama de pulsares individuais de milissegundos na vizinhança do Sistema Solar, então se sabe que esses objetos emitem raios gama.
"Nosso modelo demonstra que a emissão integrada de toda a população de tais estrelas, cerca de 100.000 em número, produziria um sinal totalmente compatível com o excesso do Centro Galáctico", explica Crocker.
Por exemplo, o sinal de raios gama de Andrômeda, a grande galáxia mais próxima da nossa, pode ser devido principalmente a pulsares de milissegundos, escreve portal Sci-News.
O estudo da equipe internacional de cientistas foi publicado na revista Nature Astronomy.