Trata-se do maior número de todos os tempos, segundo noticiou o Jornal Nacional, citando as conclusões da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência.
No mês de abril, 77,7% dos entrevistados mantinham alguma dívida em cartão de crédito, cheque especial, pré-datado, carnês de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal ou prestações do carro ou da casa.
Ainda de acordo com a pesquisa, no mesmo período do ano passado, o total de endividados era de 67,5%.
Trata-se do maior índice já registrado desde quando o estudo começou a ser feito, em 2010.
“A inflação está mais alta, está mais persistente, tem afetado mais o orçamento das famílias. Além disso, os juros altos também impactam negativamente no orçamento e, com menos espaço para consumir ou para manter o seu nível de consumo, as pessoas estão recorrendo ao crédito”, declarou a economista Izis Ferreira, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), ao telejornal.
Além disso, a situação financeira crítica aumentou em todas as camadas da sociedade brasileira: 78,6% das famílias com até dez salários mínimos têm dívidas.
Em famílias cuja renda corresponde a mais de dez salários mínimos, o endividamento já chega a 74%.
Ainda de acordo com os dados, a inadimplência também chegou ao número mais alto desde 2010: são 28,6% das famílias contabilizando dívidas atrasadas.