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Zelensky diz estar 'grato' ao Batalhão Azov, afirmando que a Ucrânia quase não tem radicais

O presidente ucraniano Vladimir Zelensky, em entrevista à rede de radiofusão grega ERT, disse estar grato ao Batalhão Azov e a todos os "voluntários", quem quer que eles sejam. Ele também expressou sua convicção de que na Ucrânia "quase não" há apelos ao radicalismo.
Sputnik
Na entrevista transmitida no domingo Zelensky foi questionado sobre a sua atitude em relação ao Batalhão Azov à luz do mais recente escândalo no parlamento grego.
Vale ressaltar que em 7 de abril, quando o presidente ucraniano discursou por videoconferência no parlamento grego, dois militantes gregos do Batalhão neonazista Azov também falaram aos legisladores, desencadeando a indignação no país. Todos os partidos políticos da Grécia se uniram em sua condenação da intervenção dos neonazistas. O governo posteriormente classificou sua participação como um "erro".
De acordo com Zelensky, a cidade de Mariupol é "defendida" por soldados profissionais, e não apenas pelo Batalhão Azov, ao qual ele está grato, mais uma vez destacando seu "profissionalismo". O presiente ucraniano alegou, no entanto, que ele e seu gabinete estão atentos aos acontecimentos.
"E se há desafios ou apelos ao radicalismo, acredito que há muito menos na Ucrânia do que em outros países da Terra", considera Zelensky. "Acho que não temos quase nenhuns", acrescentou.
Não é a primeira vez que o presidente ucraniano elogia o batalhão neonazista. No mês passado Zelensky dirigiu-se ao parlamento grego, tendo sido incluída uma gravação de vídeo de dois combatentes gregos do Azov.
Sua participação desencadeou uma enorme polémica política na Grécia, com partidos de oposiação e membros influentes do partido governante da Nova Democracia criticando fortemente seu discurso.
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"O discurso dos membros do Batalhão neonazista Azov no Parlamento grego é uma provocação. A responsabilidade absoluta cabe ao primeiro-ministro [grego] Kyriakos Mitsotakis. Ele falou sobre um dia histórico, mas é uma vergonha histórica. Solidariedade com o povo ucraniano é um fato. Mas os nazistas não podem ter uma palavra a dizer no Parlamento", escreveu o líder do partido Syriza, Alexis Tsipras nas redes sociais.
Ao longo dos oito anos do conflito em Donbass, membros do Batalhão Azov – cujas ideias são semelhantes às dos ucranianos que colaboraram com os nazis na Segunda Guerra Mundial, têm sido acusados de crimes de guerra na região, incluindo sequestro, tortura e pilhagem indiscriminada. Alguns dos combatentes usam insígnias que são muito semelhantes aos emblemas nazis.
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