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Itamaraty estima que hidrovia compartilhada com o Uruguai será entregue em 2023

Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos França, durante conferência de imprensa conjunta com seu homólogo russo, Sergei Lavrov, em Moscou, Rússia, 30 de novembro de 2021
Chanceler brasileiro, Carlos Alberto França estimou, em encontro com autoridades uruguaias, que hidrovia na Lagoa Mirim será concluída no ano que vem.
Sputnik
O chanceler uruguaio, Francisco Bustillo, se reuniu nesta terça-feira (3) com seu homólogo brasileiro, Carlos Alberto França, para debater aspectos comerciais e de infraestrutura.
Segundo o El País, França anunciou que "no próximo ano teremos uma hidrovia para as lagoas e também a questão elétrica, na qual se pode avançar bastante".
"[A eletricidade] é um importante produto de exportação do Uruguai para o Brasil, e podemos tentar garantir que não seja um evento isolado", disse o brasileiro.
Os chanceleres trataram também de temas bilaterais, como integração física, cooperação fronteiriça, interconexão elétrica e normalização das fronteiras após a pandemia, e internacionais, como o conflito na Ucrânia e seus impactos.
O projeto de criação de uma hidrovia na Lagoa Mirim, que está sendo trabalhado, permitirá exportações do Brasil e da Argentina equivalentes a mais de 5 milhões de toneladas por ano. O corpo d'água está localizado na fronteira entre os dois países — no Uruguai recebe o nome de Laguna Merín.
Há poucas semanas, os governos do Uruguai e do Brasil receberam os estudos de viabilidade econômica do projeto hidroviário, elaborados pela empresa DTA Engenharia.
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"Em todas as questões do Mercosul, concordamos com a necessidade de modernizar e abrir o Mercosul, e é disso que se trata. Continuaremos conversando no futuro próximo", acrescentou o diplomata brasileiro.
O Brasil ocupa papel de destaque no comércio exterior uruguaio, tendo sido em 2021 o segundo parceiro comercial do país: primeiro fornecedor e segundo consumidor. A corrente comercial é composta sobretudo por produtos industrializados (81%).
O fluxo comercial bilateral experimentou forte recuperação em 2021, com crescimento de 35,2% em relação ao ano anterior, alcançando US$ 3,8 bilhões (R$ 18,8 bilhões).
As exportações aumentaram 17,5%, atingindo o valor de US$ 2 bilhões (R$ 9,9 bilhões), enquanto as importações brasileiras cresceram 63,3%, somando US$ 1,8 bilhão (R$ 8,9 bilhões).
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