"É coisa de preto, né?" foi a frase ouvida pelos parlamentares, durante Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga empresas de aplicativo.
O flagrante ocorreu no início dos trabalhos, quando a sessão recebia a ex-CEO da empresa Uber, Claudia Woods, e o sócio da empresa de motofrete THL, Thiago Henrique Lima.
"Varrendo com água na calçada... É coisa de preto, né?", disse a voz, supostamente de Cristófaro.
O vereador não estava presente na Câmara no momento. Ele participava da sessão de forma remota, por vídeo.
Sua imagem não apareceu no painel do plenário durante o vazamento do áudio. Porém, conforme publicou o G1, a direção dos trabalhos confirmou que Cristófaro já estava participando da sessão.
O presidente da CPI, Adilson Amadeu (União Brasil), suspendeu os trabalhos por cinco minutos após o áudio.
Na retomada dos trabalhos, a vereadora Luana Alves (Psol) declarou que Cristófaro foi "extremamente racista".
"Infelizmente nós temos a sessão completamente tumultuada por um áudio que tem a voz do vereador Camilo Cristófaro, que acaba de proferir uma frase extremamente racista. Eu queria não acreditar que essa fala existiu, mas infelizmente existiu. Conversamos ali atrás, queria pedir à secretaria da Mesa as notas taquigráficas. Ficará registrado. Ficou acordado que todos aqui são testemunhas para todas as ações que venham a ocorrer se ficar comprovado que [a voz] é do vereador Camilo Cristófaro, como parece ser", disse Luana Alves.