Segundo afirmou o alto militar, o presidente chinês, Xi Jinping, "estabeleceu o objetivo de ter seus militares preparados quanto à capacidade, que não é o mesmo que dizer que vai invadir, mas sim de ter a capacidade de tomar a ilha de Taiwan".
Milley qualificou esse objetivo de "muito ambicioso" e sublinhou que "está por ver se os chineses serão capazes de cumpri-lo, se terão a capacidade ou não, mas esse é o objetivo fixado para 2027". "Temos que levar isso em consideração à medida que avançarmos no futuro", acrescentou.
Na semana passada, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que Washington apoiará Taiwan "com todos os meios necessários para se defender de qualquer possível agressão, incluindo a ação unilateral da China para alterar o 'status quo' que está em vigor há muitas décadas".
Além disso, o alto funcionário notou que o país norte-americano realizou ou facilitou vendas de armas no valor de quase US$ 20 bilhões (R$ 99,6 bilhões) e 2,5 bilhões (R$ 12,46 bilhões) em vendas comerciais diretas a Taipé desde 2017.
Por sua vez, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, recordou que os funcionários norte-americanos "declararam em várias ocasiões que os EUA não apoiam a 'independência de Taiwan'", o que, no entanto, não impediu Washington de continuar a vender-lhe armas e de manter contatos oficiais com as autoridades locais, enviando assim "sinais errados às forças separatistas".
Pequim considera Taiwan como uma parte inalienável do seu território e insiste em que qualquer negociação com a ilha que ultrapasse o governo central viola o princípio fundamental da sua política de Uma Só China. A maioria dos países, incluindo a Rússia, reconhece a ilha como parte integrante da República Popular da China.