Nesta quarta-feira (4), em entrevista ao Politico, o ministro da Energia da Eslováquia, Karol Galek, alertou que seu país não poderá concordar com o plano atual da Comissão Europeia para a proibição das importações de petróleo russo e pediu mais tempo para encontrar suprimentos alternativos de combustível.
Galek enfatizou que a proposta não prejudicaria apenas o fornecimento de energia para a Eslováquia, mas também para a Áustria, República Tcheca e Ucrânia.
"Isso vai destruir nossa economia europeia", disse ele.
Para a autoridade, uma refinaria importante requer petróleo russo pesado e suprimentos alternativos não serão viáveis no cronograma proposto.
Ao mesmo tempo, o ministro afirmou que não se opõe às sanções e quer concordar com medidas para pressionar o Kremlin, mas que a proposta do bloco europeu de dar à Eslováquia e à Hungria um ano extra para se adaptar à proibição do petróleo não é suficiente.
Hoje (4), a União Europeia informou que vai sancionar o petróleo russo, proibindo as importações de petróleo bruto dentro de seis meses e produtos refinados até o final do ano, de acordo com a mídia.
Uma isenção especial foi elaborada para a Eslováquia e a Hungria sem litorais, dando-lhes até o final de 2023 para cumprir uma vez que dependem muito do petróleo russo.
Entretanto, na visão da autoridade eslovaca, até o final de 2025 a mudança do petróleo russo deve ser possível: "Este é o momento em que poderemos fortalecer o oleoduto e mudar a tecnologia", mesmo assim, complementou enfatizando que o prazo seria apertado, segundo a mídia.