Notícias do Brasil

Presidente da Petrobras diz que Bolsonaro 'entendeu preço de mercado' e não interferiu na estatal

José Mauro Ferreira Coelho no Senado (foto de arquivo)
Para o mais novo chefe da petrolífera, culpa da alta dos combustíveis é volatilidade do mercado em consequência da pandemia e da crise ucraniana. José Mauro Coelho é o terceiro presidente da Petrobras do governo Bolsonaro.
Sputnik
Nesta terça-feira (4), em entrevista para o Estadão, o recém-presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, defendeu a política de preços que leva em conta a paridade internacional e negou pressão do governo para alterá-la.
O executivo garantiu que "[Jair] Bolsonaro não me pediu absolutamente nada específico [...] só para eu conduzir a companhia".

"O presidente já entendeu muito bem a questão de preço de mercado. Li uma reportagem recente que o presidente fala claramente assim: ‘o governo tem que ter soluções para os preços dos derivados’. Acho perfeito. Ele colocou perfeitamente ali. O governo precisa criar os mecanismos e instrumentos para [minimizar os efeitos de] casos de aumento de preço dos combustíveis em momentos atípicos como este que vivemos", disse.

Na concepção de Coelho, por ser "uma empresa de capital aberto, listada em bolsa, e por conta de toda legislação existente interna e externamente, a Petrobras deve praticar preços de mercado".
Vista de plataforma de petróleo na Baia da Guanabara, no Rio de Janeiro (foto de arquivo)
Notícias do Brasil
Em leilão sem participação da Petrobras, governo concede 59 áreas para exploração de petróleo
Sobre a alta dos preços dos combustíveis, o executivo avaliou que seria injusto culpar a Petrobras, uma vez que a verdadeira vilã é a volatilidade do mercado por conta da pandemia e da crise ucraniana.
"A volatilidade depende de muitos fatores que a gente não tem o controle, depende, por exemplo, de como vai evoluir a questão da covid, os lockdowns na China, como vai evoluir o conflito entre Rússia e Ucrânia. Então, são muitas variáveis que estão nessa cesta e acaba que a gente não tem o controle total, a gente vive um momento atípico. Dentro desse momento atípico, você tem que olhar com atenção e não repassar toda a volatilidade para o consumidor brasileiro", afirmou.
Coelho está no comando da petroleira desde 14 de abril e é o terceiro a assumir o posto durante o governo Bolsonaro.
Comentar