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Presidente da Petrobras diz que Bolsonaro 'entendeu preço de mercado' e não interferiu na estatal

Para o mais novo chefe da petrolífera, culpa da alta dos combustíveis é volatilidade do mercado em consequência da pandemia e da crise ucraniana. José Mauro Coelho é o terceiro presidente da Petrobras do governo Bolsonaro.
Sputnik
Nesta terça-feira (4), em entrevista para o Estadão, o recém-presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, defendeu a política de preços que leva em conta a paridade internacional e negou pressão do governo para alterá-la.
O executivo garantiu que "[Jair] Bolsonaro não me pediu absolutamente nada específico [...] só para eu conduzir a companhia".

"O presidente já entendeu muito bem a questão de preço de mercado. Li uma reportagem recente que o presidente fala claramente assim: ‘o governo tem que ter soluções para os preços dos derivados’. Acho perfeito. Ele colocou perfeitamente ali. O governo precisa criar os mecanismos e instrumentos para [minimizar os efeitos de] casos de aumento de preço dos combustíveis em momentos atípicos como este que vivemos", disse.

Na concepção de Coelho, por ser "uma empresa de capital aberto, listada em bolsa, e por conta de toda legislação existente interna e externamente, a Petrobras deve praticar preços de mercado".
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Sobre a alta dos preços dos combustíveis, o executivo avaliou que seria injusto culpar a Petrobras, uma vez que a verdadeira vilã é a volatilidade do mercado por conta da pandemia e da crise ucraniana.
"A volatilidade depende de muitos fatores que a gente não tem o controle, depende, por exemplo, de como vai evoluir a questão da covid, os lockdowns na China, como vai evoluir o conflito entre Rússia e Ucrânia. Então, são muitas variáveis que estão nessa cesta e acaba que a gente não tem o controle total, a gente vive um momento atípico. Dentro desse momento atípico, você tem que olhar com atenção e não repassar toda a volatilidade para o consumidor brasileiro", afirmou.
Coelho está no comando da petroleira desde 14 de abril e é o terceiro a assumir o posto durante o governo Bolsonaro.
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