Nesta quinta-feira (5), a Coreia do Sul se tornou o primeiro Estado-membro asiático do Centro Cooperativo de Excelência em Ciberdefesa da OTAN (CCDCOE, na sigla em inglês), informou a agência de notícias Yonhap.
Em comunicado citado pela mídia, o Serviço Nacional de Inteligência de Seul (NIS, na sigla em inglês) disse que planeja "fortalecer nossas capacidades de resposta cibernética a um nível de classe mundial, aumentando o número de nossa equipe enviada ao centro e expandindo o escopo do treinamento conjunto."
A adesão da Coreia do Sul ao CCDCOE elevou o número de membros para 32, sendo 27 as nações patrocinadoras da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A Coreia e os outros quatro membros de fora do bloco liderado pelos EUA são participantes contribuintes.
De acordo com o NIS, Seul se candidatou ao CCDCOE em 2019 e tem participado das atividades do centro desde então – incluindo dos jogos de guerra de defesa cibernética Locked Shields – por dois anos consecutivos desde 2020.
Comentando sobre sua admissão no grupo, a agência de inteligência da Coreia do Sul observou que "as ameaças cibernéticas estão causando grandes danos não apenas a indivíduos, mas também a determinadas nações e ainda transnacionalmente", o que torna crucial uma "cooperação internacional estreita".
Com sede na capital da Estônia, Tallinn, o CCDCOE foi fundado em 2008 em resposta a um ataque cibernético maciço de 2007 às redes estatais da Estônia – algo que as autoridades do país rapidamente culparam a Rússia. Autoridades em Tallinn, no entanto, admitiram mais tarde que não tinham provas conclusivas para implicar o Kremlin.
Em seu site, o CCDCOE diz que sua missão é "apoiar nossos países-membros e a OTAN com experiência interdisciplinar única no campo de pesquisa, treinamento e exercícios de defesa cibernética cobrindo as áreas de foco de tecnologia, estratégia, operações e direito". O grupo está comprometido em "promover a cooperação de nações com ideias semelhantes", tanto "aliados da OTAN quanto parceiros além da aliança".