Os fragmentos de regolito lunar coletados pela missão, e que permanecem intactos desde então, foram finalmente transferidos de seu local de armazenamento no Texas para o estado de Maryland, onde serão estudados detalhadamente em dois laboratórios.
Os estudos vão se concentrar não apenas na composição do solo do nosso satélite natural, mas também nas diferentes formas de preservá-lo por décadas, e o os pesquisadores compararão as diferenças entre amostras lunares congeladas e descongeladas para ver qual método de preservação foi mais eficaz a longo prazo, segundo artigo da NASA sobre o assunto publicado na terça-feira (3).
As amostras congeladas também foram seladas a vácuo desde que chegaram à Terra no final de 1972 e, para manuseá-las, os cientistas terão que entrar, com as mãos protegidas por grossas luvas de borracha, em uma câmara fria onde os fragmentos são mantidos a -20º C.
As primeiras pesquisas realizadas na década de 1970, encontraram aminoácidos em algumas rochas lunares. A pesquisadora, Jamie Elsila, acredita que esses compostos, essenciais para a vida terrestre, "podem ter sido formados em solos lunares a partir de moléculas precursoras, que são compostos menores e mais voláteis, como formaldeído ou cianeto de hidrogênio".
O objetivo do trabalho então é identificar e quantificar esses pequenos compostos orgânicos para entender a química orgânica prebiótica da Lua, explicou a cientista.
Elsila também destacou que a técnica de manuseio e processamento a frio do solo lunar desenvolvida com essas amostras é importante para as futuras missões Artemis. Após vários atrasos, a NASA está programada para lançar o foguete Artemis 1 em agosto deste ano.