"Vamos queimar as cidades no centro [do país] e lançar mísseis em Tel Aviv e Gush Dan", alertou o Hamas em resposta ao acirramento de tensões com o governo israelense.
"O retorno dos assassinatos significa o retorno das operações explosivas dentro das cidades [israelenses]", completou o movimento islamista da Palestina, segundo informações do Times of Israel.
O grupo também emitiu uma ameaça de "resposta sem precedentes" e um "terremoto regional" caso Israel tente prejudicar qualquer um de seus principais líderes, especialmente o líder do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar.
A ameaça acontece após as autoridades israelenses terem realizado uma série de ataques contra alvos, declarados pelo governo de Israel, como "terroristas".
As Forças de Defesa de Israel (FDI) demoliram a casa de um detento palestino na vila de Silat al-Harithiya, perto de Jenin, na Cisjordânia, neste sábado (7). Ele é acusado de matar um colono israelense no ano passado.
Durante a ação, ao menos dois palestinos foram feridos por tiros enquanto os manifestantes entraram em confronto com os soldados.
Além disso, as forças de segurança do Estado judeu fazem incursões na região procurando dois palestinos suspeitos de um ataque terrorista na cidade de Elad, no centro de Israel, há dois dias, disse o Ministério da Defesa de Israel neste sábado (8).
Os suspeitos mataram três israelenses e feriram vários outros em um ataque com machado e faca.
Diante da crise, as autoridades de segurança israelenses estenderam até domingo (8) o fechamento de passagens na Cisjordânia e em Gaza, medida que foi implementada a partir da tarde de terça-feira (3).
A decisão é exclusiva para palestinos e visa afetar a vida da população que possui permissão para trabalhar em Israel. Cerca de 140 mil palestinos da Cisjordânia trabalham em assentamentos israelenses, e outros 20 mil, de Gaza, têm permissão para trabalhar em Israel.
Forças palestinas e israelenses entraram em confronto repetidamente no Monte do Templo nas últimas semanas, após incidentes ao longo da Páscoa.
A violência ecoou cenas do ano passado, quando tumultos no local ajudaram a desencadear uma guerra entre Israel e palestinos em Gaza.