O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse neste domingo (8) que a inflação recorde na zona do euro é prova de que as sanções dos EUA à Rússia prejudicaram os aliados de Washington.
"A taxa de inflação [anual] na zona do euro atingiu um novo máximo de 7,5% desde 1997", observou o porta-voz em sua conta no Twitter. "As sanções dos EUA contra a Rússia prejudicaram seus aliados, mais um lembrete do que [o ex-secretário de Estado dos EUA] Henry Kissinger disse: pode ser perigoso ser inimigo dos Estados Unidos, mas ser amigo deles é fatal", afirmou.
De acordo com os dados preliminares da agência de estatísticas Eurostat, a inflação média anual na zona euro aumentou 0,1% em abril face ao mês anterior, quando se situou em 7,4%.
Entre os países-membros do bloco econômico, a Estônia apresentou a maior inflação com 19%, seguida pela Lituânia e Letônia com 16,6% e 13,2% respectivamente.
"Se analisarmos as principais componentes da inflação na zona euro, a energia deverá registar a taxa anual mais elevada em abril [38,0%, face a 44,4% em março], seguida de alimentação, álcool e tabaco [6,4%, face a 5,0% no mês anterior], bens industriais não energéticos [3,8%, face a 3,4% em março] e serviços [3,3%, face a 2,7% em março]", refere o Eurostat.
Esta semana (4), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs proibir as importações de petróleo russo para os países do bloco como parte de um sexto pacote de sanções contra Moscou.
Enquanto isso, a Bloomberg informou que os representantes da UE não chegaram a um acordo neste domingo (8) sobre a imposição de novas restrições à Rússia devido à posição da Hungria.
De acordo com a agência, Budapeste continua a bloquear a proposta da UE de proibir as importações de petróleo russo e atrasou o pacote de sanções. As negociações devem ser retomadas nos próximos dias.