A declaração de Macron foi dada durante uma coletiva de imprensa ao lado do chanceler alemão, Olaf Scholz.
"Queremos um cessar-fogo antecipado que permita o fim das negociações iniciadas entre Rússia e Ucrânia para alcançar a paz e uma retirada sustentável de tropas russas. Esse é o nosso objetivo. Queremos ajudar a Ucrânia a negociar nos termos que ela determinar", disse o mandatário francês.
Macron também disse, ao lado de Scholz, que discutirá com o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, a ideia de criar uma comunidade política europeia que possa aceitar a Ucrânia como país-membro.
"Essa [a ideia de criar uma nova comunidade política europeia] será uma das questões que discutiremos, com o chanceler Scholz, com o presidente Zelensky", acrescentou.
Mais cedo, Macron afirmou que poderia levar anos, ou até décadas, para que a Ucrânia se tornasse membro da União Europeia, exceto se o bloco diminuísse as exigências para a entrada de um novo país.
Membro da delegação ucraniana David Arakhamiya (à esquerda) e chefe da delegação da Rússia, Vladimir Medinsky, durante conversações na Turquia
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As negociações de paz entre Rússia e Ucrânia começaram no fim de fevereiro. Desde então, as delegações de ambos os países se encontraram duas vezes em Belarus e concordaram em continuar as consultas virtualmente. No fim de março, as delegações se encontraram na Turquia, onde o lado ucraniano submeteu propostas para um futuro cessar-fogo.
Apesar disso, as negociações estão estagnadas. O chanceler russo, Sergei Lavrov, declarou que essa situação se dá por causa de inconsistências na posição ucraniana, especialmente em relação a questões relacionadas à Crimeia e às repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL).