De acordo com o artigo desta segunda-feira (9) da revista The Times, Israel teria dito a aliados estrangeiros que está preparando equipes para realizar o assassinato seletivo de líderes do Hamas que vivem no exterior como resposta a uma onda de ataques mortais nos últimos meses.
Ao montar as equipes para ação, o Estado judeu envia uma "mensagem clara" ao grupo, visto que o líder do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar, teria pedido repetidamente aos palestinos que ataquem israelenses, e elogiado aqueles que lançaram investidas contra Israel, diz a mídia britânica.
Desde de o dia 22 de março, diversos ataques aconteceram entre Gaza e Tel Aviv, os quais deixaram 19 pessoas mortas em Israel e na Cisjordânia, entretanto, o grupo só reivindicou responsabilidade por um ataque que matou um oficial de segurança que vigiava o assentamento de Ariel no mês passado, segundo o The Times of Israel.
Contudo, o governo de Naftali Bennett não estaria pensando em matar líderes que estejam "por perto", como Sinwar em Gaza, com medo de que foguetes possam ser lançados em vilas e cidades israelenses.
Em vez disso, conforme relata o The Times, quaisquer potenciais assassinatos direcionados são mais propensos a ocorrer em outros países da região onde vivem líderes do Hamas, como Líbano e Catar, países que foram dados como exemplos no relatório do jornal.
Dois homens são citados pela mídia como sendo possíveis alvos: Saleh al-Arouri, vice-líder do grupo que divide seu tempo entre Catar, Turquia e Líbano – e é responsável pelas operações da Cisjordânia – e Zaher Jabarin, uma figura sênior do Hamas responsável por suas finanças.
No sábado (7), o grupo alertou que se Tel Aviv retomasse sua política de assassinatos seletivos, o grupo voltaria a realizar atentados suicidas e "queimaria" cidades israelenses, conforme noticiado.