De acordo com a Folha de São Paulo, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) tentam articular a indicação de aliados para duas vagas abertas no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
As vagas foram abertas com as saídas de Napoleão Nunes Maia, que se aposentou em dezembro de 2020, e de Nefi Cordeiro, que pediu aposentadoria antes de chegar na idade limite. Ele deixou a Corte em março do ano passado.
No entanto, os cargos seguem sem ninguém após o órgão decidir que a votação teria que ser feita presencialmente, o que acontecerá na próxima quarta-feira (11).
Segundo a mídia, nos bastidores, o ministro Gilmar Mendes articula para que o juiz federal de segunda instância, Ney Bello, seja um dos escolhidos — atualmente, ele está no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
Já o ministro Kassio Nunes Marques faz campanha para outro nome da Corte de segundo grau: Carlos Pires Brandão.
O presidente do Supremo, Luiz Fux, quer que o indicado seja o juiz Aluísio Mendes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). Ele tem feito campanha ostensiva por isso e telefonando a ministros pedindo votos, relata a Folha.
Por sua vez, o ministro Dias Toffoli, é ligado ao magistrado do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), Paulo Sergio Domingues. Já Edson Fachin apoia Fernando Quadros, que é juiz no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Mas, apesar de integrantes do STF tentarem influenciar na disputa, a votação é realizada entre os ministros do STJ. Eles formarão uma lista com quatro indicados e caberá a Bolsonaro escolher dois nomes para se tornarem ministros do segundo tribunal mais importante do país.
Em conversas reservadas, ministros apostam que o presidente não vai demorar para fazer as nomeações após receber a lista, uma vez que essas serão as primeiras indicações do mandatário para o STJ.