A sentença de morte do cidadão iraniano-sueco Ahmadreza Djalali está na agenda e será executada, disse o porta-voz do Judiciário do Irã, Zabihollah Khodaian, nesta terça-feira (10).
Embora não tenham apresentado uma data para a execução, as autoridades do Irã esperam concluir a sentença até 21 de maio.
Ahmadreza Djalali é um pesquisador iraniano-sueco condenado à morte sob a acusação de espionagem para Israel.
A sentença é tratada pela imprensa internacional como uma retaliação ao julgamento de Hamid Noury, ex-funcionário do Ministério Público iraniano que foi preso pelas autoridades suecas em 2019. Ele ainda aguarda o seu veredicto, segundo informações do Jerusalem Post.
Se considerado culpado, Noury enfrentará a sentença máxima de prisão perpétua por acusações de crimes de guerra internacionais e abusos de direitos humanos.
Noury é acusado de desempenhar um papel de liderança no assassinato de presos políticos, executados supostamente por ordem do governo iraniano.
A Anistia Internacional estimou o número de executados em 5 mil, dizendo em um relatório de 2018 que "o verdadeiro número poderia ser maior".
De acordo com a lei sueca, os tribunais podem julgar cidadãos suecos e de outros países por crimes contra a lei internacional cometidos no exterior.
No dia 2, o Ministério das Relações Exteriores do Irã convocou o enviado sueco para protestar contra "as acusações infundadas e fabricadas que o promotor sueco fez contra o Irã durante o processo judicial de Noury".