Nesta terça-feira (10), a chefe da Missão de Monitoramento de Direitos Humanos da ONU na Ucrânia, Matilda Bogner, disse que as Nações Unidas têm "informações credíveis" sobre soldados ucranianos que torturaram prisioneiros russos.
"Recebemos informações confiáveis sobre tortura, maus-tratos e detenção incomunicável pelas Forças Armadas ucranianas de prisioneiros de guerra pertencentes às Forças Armadas russas e grupos armados afiliados", disse Bogner em um comunicado à imprensa.
A autoridade acrescentou que a ONU continua a ver vídeos que mostram tratamento desumano, incluindo prisioneiros de ambos os lados sendo coagidos a fazerem declarações, desculpas e confissões e outras formas de humilhação.
Bogner afirmou que este tipo de ação viola as normas fundamentais do Direito Internacional Humanitário.
"Isso viola as regras fundamentais do direito internacional humanitário. A Ucrânia e a Rússia devem investigar imediatamente e efetivamente todas as alegações de tortura e maus-tratos de prisioneiros de guerra. Eles também devem controlar e instruir efetivamente suas forças para impedir que outras violações ocorram", afirmou.
Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação especial militar para "desmilitarização e desnazificação da Ucrânia".
Durante a operação, as Forças Armadas da Rússia eliminam instalações da infraestrutura militar ucraniana, sem realizar ataques contra alvos civis em cidades. Os militares russos também organizam corredores humanitários para população civil que foge da violência dos neonazistas e nacionalistas.