Andrés Manuel López Obrador, presidente do México, revelou na terça-feira (10) que sua participação da Cúpula das Américas, a ser realizada em Los Angeles, EUA, ainda está sob questão.
O chefe de Estado disse em uma coletiva de imprensa que, se os EUA, onde a cúpula será realizada em junho, excluírem Cuba da reunião, o governo mexicano enviará uma delegação, mas o presidente não participará.
"Se a excluir, se não forem convidados todos, vai uma representação do governo mexicano, mas eu não irei", assegurou López Obrador.
Após ser questionado se um eventual não comparecimento seria uma mensagem de protesto, o presidente respondeu que sim.
"Sim, porque não quero que a mesma política continue na América, e quero, na prática, afirmar a independência, a soberania e me manifestar pela fraternidade universal. Não estamos aqui para o confronto", de acordo com López Obrador.
Sobre a possibilidade de uma ausência da cúpula poder afetar a relação bilateral entre o México e os EUA, o alto responsável mexicano afirmou que são ambos "países independentes e temos uma relação de amizade e respeito".
No domingo (8) o presidente mexicano visitou Cuba, onde foi recebido por Miguel Díaz-Canel, presidente do país e primeiro secretário do Partido Comunista local, e se encontrou com Raúl Castro, que o precedeu no cargo partidário até abril de 2021.
Se os EUA não convidarem Cuba para a cúpula, seria Marcelo Ebrard, ministro das Relações Exteriores mexicano, quem representaria o país.