A União Europeia (UE) abandonará sua proposta de proibir navios de propriedade europeia de transportarem petróleo russo a países terceiros, escreve na segunda-feira (9) a agência norte-americana Bloomberg, citando documentos e pessoas familiarizadas com o assunto.
A Bloomberg aponta a Grécia, cuja economia depende fortemente da navegação, e que possui 26% dos petroleiros do mundo por capacidade, como um dos países que insistiu na remoção da provisão de exportação para países terceiros.
Segundo as fontes, não havia uma posição única sobre a proposta no G7, o que levou a proposta a ser retirada.
No entanto, as novas sanções ainda preveem a proibição de fornecer seguro a esses navios, um sério obstáculo às exportações russas, e que prejudicaria a capacidade de Moscou de transportar seu petróleo bruto para outros países caso o bloco o aprove.
As empresas petrolíferas asseguram seus navios contra riscos como derramamentos de petróleo durante o transporte. Os proprietários de petroleiros fazem isso coletivamente através do Grupo Internacional de Clubes P&I com sede em Londres, Reino Unido, comprando cobertura de 80 seguradoras, incluindo mais de 20 das 25 maiores fornecedoras do mundo.
Os membros desse grupo cobrem 95% da frota de petroleiros segurada contra derramamentos e outros riscos marítimos. Se deixassem de fazê-lo, forçariam Moscou ou seus compradores a buscar acordos alternativos, o que também seria complicado pelas sanções já impostas à Rússia.
As negociações sobre a sexta rodada de sanções da UE contra a Rússia têm seguido desde meados de abril, mas têm sido atrasadas devido às propostas de proibir o petróleo e gás russos, dos quais a Europa é fortemente dependente.