Panorama internacional

Zelensky 'mente diariamente', diz partido de oposição da Eslováquia e recusa o ouvir no Parlamento

Vladimir Zelensky tem instado os países ocidentais a proibir importações da energia da Rússia, e não foi ouvido pelo líder de um partido de oposição eslovaco, que crê que isso não corresponde aos interesses do país.
Sputnik
Robert Fico, líder do partido de oposição de esquerda Direção – Social-Democracia (SMER, na sigla em eslovaco) da Eslováquia, recusou-se a comparecer na terça-feira (10) à presença virtual de Vladimir Zelensky perante o Parlamento eslovaco.
Fico, que também é ex-primeiro-ministro da Eslováquia, disse em uma entrevista coletiva na segunda-feira (9) que não participaria da reunião durante o discurso do presidente ucraniano, afirmando que ele "mente todos os dias", informa o jornal Pravda.
O político assinalou que a interrupção do fornecimento de petróleo e gás russo "prejudica seriamente" os interesses nacionais da Eslováquia. Na opinião do opositor, o que Zelensky disse sobre a questão é contrário aos interesses da Eslováquia, então ele não pretende ouvi-lo.
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Ladislav Kamenicky, deputado do mesmo partido, também disse que não participaria da "mascarada" no Parlamento.
Kiev tem exigido desde o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia que os países ocidentais lhe deem todo o tipo de apoio, desde ajuda militar e humanitária até sanções à Rússia e mesmo a imposição de uma zona de exclusão aérea.
Os países ocidentais têm imposto uma ampla gama de sanções à Rússia, com os EUA, Canadá e Reino Unido embargando inclusive o petróleo russo. A União Europeia está neste momento discutindo uma sexta rodada de sanções para também banir o petróleo, que está sendo preparada desde meados de abril, mas tem oposição de países como a Hungria, Eslováquia e República Tcheca devido à sua dependência dos hidrocarbonetos russos.
Muitos especialistas e políticos têm apontado que as sanções também influenciam negativamente as economias da América do Norte e da Europa, e que até as podem afetar mais que à Rússia.
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