"A Rússia sempre cumpriu devidamente e tenciona cumprir suas obrigações contratuais, ela está comprometida com essas obrigações contratuais. O lado ucraniano informou sobre certas condições de força maior. Nós já ouvimos o comunicado da Gazprom dizendo que não houve nenhumas notificações ou explicações da força maior até agora", respondeu Dmitry Peskov à questão se a Rússia vai buscar rotas alternativas para cumprir seus compromissos contratuais ante os europeus.
A empresa ucraniana Naftogaz Ukrainy anunciou na terça-feira (10) que deixa de ser responsável pelo transporte do gás nos territórios da RPL fora do controle de Kiev, chamando isso de "circunstâncias de força maior".
A Gazprom, por sua parte, declarou que não vê obstáculos em continuar o trânsito. Segundo o representante oficial da empresa russa, Sergey Kupriyanov, a Gazprom está cumprindo todos os compromissos contratuais ante os consumidores na Europa.
Quanto à operação especial russa na Ucrânia, o porta-voz presidencial reiterou mais uma vez que essa está decorrendo conforme programado, comentando alegações do lado americano de que a Rússia supostamente se prepara para um conflito duradouro.
Mesmo assim, o processo de negociações entre as delegações russa e ucraniana sem participação de mediadores decorre "bem lento e sem resultados", reconheceu Peskov.
Ao comentar os relatos sobre planos do Ocidente para organizar um golpe de Estado na Rússia, o porta-voz afirmou que a situação doméstica é estável e ressaltou que não sabe no que se baseiam tais alegações.