Apesar de críticas internacionais, inclusive dos EUA, o governo de Israel deu a aprovação final a 2.791 habitações e endosso inicial para outras 1.636 unidades, na Cisjordânia ocupada.
"Esta é uma má notícia para Israel, e aprofunda a ocupação, tornando mais difícil alcançar a paz futura", disse Hagit Ofran, do movimento israelense Peace Now, segundo informações do Times of Israel.
As aprovações são dadas cerca de um mês antes de Joe Biden fazer sua primeira visita a Israel e à Cisjordânia como presidente dos EUA.
Seu governo instou Jerusalém a não avançar nas autorizações e emitiu uma declaração condenando a política na semana passada.
O relato da expansão se dá em meio a tensões crescentes na Cisjordânia, um dia depois que a jornalista da Al Jazeera Shireen Abu Akleh foi morta a tiros durante um ataque do Exército israelense em confrontos no campo de refugiados de Jenin.
Israel tomou a Cisjordânia da Jordânia em 1967. Desde então, cerca de 700 mil israelenses se mudaram para assentamentos que a maioria da comunidade internacional considera ilegais.
Na semana passada, a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Jalina Porter, enfatizou que "o programa de Israel de expansão de assentamentos prejudica profundamente a perspectiva de uma solução de dois Estados [plano de coexistência entre Israel e Palestina que visa ao fim das disputas de soberania entre os países]".
Os planos habitacionais estão concentrados em uma grande faixa da Cisjordânia conhecida como Área C, onde Israel exerce controle militar e de planejamento.