No documento, divulgado pelo Blog da Ana Flor, do G1, Doria reafirma que não vai desistir da candidatura e que fará de tudo para que o resultado das prévias seja respeitado, caso seja abandonado pela sigla.
Após a divulgação da carta, Bruno Araújo convocou uma reunião da Comissão Executiva Nacional do PSDB para debater as declarações do ex-governador, segundo o portal.
"Solicitamos que você respeite o estatuto do PSDB e a vontade democraticamente manifestada pela ampla maioria dos 30 mil eleitores do nosso partido", afirmou Doria na carta.
O tucano disse ainda que ficou "surpreso" ao saber que, "apesar de termos vencido legitimamente as prévias, as tentativas de golpe continuaram acontecendo".
"As desculpas para isso são as mais estapafúrdias, como, por exemplo, a de que estaríamos mal colocados nas pesquisas de opinião pública e com altos índices de rejeição, cinco meses antes do pleito", criticou o ex-governador.
Vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (ao centro), comemora a sua filiação ao partido PSDB, ao lado do governador João Doria (à direita) e do presidente da legenda, Bruno Araújo (à esquerda), em São Paulo, em 14 de junho de 2021. Foto de arquivo
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Ao fim da carta, Doria garantiu que usará "todas" as suas "forças" para que prevaleça "a vontade, democraticamente manifestada pela imensa maioria dos filiados do PSDB, e que seja respeitada a lisura nos gastos realizados com o fundo partidário".
Doria venceu as prévias do partido em 27 de novembro do ano passado. Na disputa, ele derrotou o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio.
Nos bastidores, Doria trava um embate com a ala que apoia Eduardo Leite, que chegou a cogitar sair da sigla para se candidatar à Presidência pelo PSD, de Gilberto Kassab, mas recuou e permaneceu no PSDB.