A NBC informou que um homem vestindo roupas de cunho militar, de 18 anos, entrou em um supermercado da rede Tops Friendly Markets depois das 14h30 (15h30 de Brasília) e abriu fogo com um rifle.
O atirador transmitiu o atentado ao vivo pela plataforma de vídeos Twitch. O porta-voz da rede social confirmou a informação.
Três pessoas estão feridas, uma delas em estado crítico.
Os ataques tiveram motivação racista e foram classificados pelas autoridades como um "crime de ódio". Segundo oficiais, 11 das vítimas assassinadas eram negras. As duas outras mortas eram brancas.
Stephen Belongia, agente do FBI em Buffalo, declarou que o caso vai ser investigado como "crime de ódio motivado por extremismo racista e violento".
O prefeito de Buffalo, Byron Brown, informou que o suspeito não morava na cidade e que viajou durante horas para cometer o atentado.
"É o pior pesadelo que uma comunidade pode enfrentar", lamentou Brown.
Um suspeito foi preso, segundo divulgou a polícia.
Ao menos dois rifles foram apreendidos pelos agentes de segurança na sede da rede de supermercados.
Segundo a emissora de televisão, a governadora de Nova York, Kathy Hochul, disse que está "monitorando [o ataque ao supermercado] de perto" e ofereceu ajuda à polícia de Buffalo.
A porta-voz da rede de supermercados Tops Friendly Markets, Kathleen A. Sautter, se pronunciou por meio de um comunicado.
"Estamos chocados e profundamente entristecidos por esse ato de violência sem sentido e nossos pensamentos e orações estão com as vítimas e suas famílias. Nossa principal prioridade continua sendo a saúde e o bem-estar de nossos associados e clientes. Agradecemos a resposta rápida das autoridades locais e estamos fornecendo todos os recursos disponíveis para ajudar as autoridades na investigação em andamento", declarou.
EUA registraram centenas de ataques em 2022
Além deste ataque, mais de 140 tiroteios em massa foram registrados nos EUA apenas neste ano, com pelo menos cinco deles tendo envolvido múltiplos assassinatos, divulgou o grupo Gun Violence Archive nesta segunda-feira (18).
A organização afirma que coleta os dados de 7,5 mil fontes diariamente e que o número de incidentes foi reportado e verificado.
O controle de armas nos EUA voltou a ser debatido recentemente no país após diversos incidentes de tiroteios. Grupos de oposição à proposta de maior controle das armas afirmam que no país já há leis suficientes nesse sentido. Para eles, o problema não são as armas, mas as políticas socioeconômicas adotadas pelo governo do presidente norte-americano, Joe Biden.
Recentemente, o governo Biden lançou medidas em resposta aos incidentes com armas no país. A Casa Branca deu início a uma política de combate às chamadas "armas fantasmas", compradas em partes e montadas pelos compradores.
Apesar disso, Biden não implementou medidas mais incisivas prometidas anteriormente. Entre as propostas não adotadas estão a introdução da checagem do histórico de compradores de armas e o banimento de rifles de assalto.