Zubeidi estava entre os 13 atiradores palestinos que ficaram feridos em uma troca de tiros com tropas israelenses na cidade de Jenin, na Cisjordânia, na sexta-feira (13), durante uma operação de prisão realizada por forças especiais da polícia e do Exército israelenses.
As informações foram confirmadas pelo Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestina (PNA, na sigla em inglês) e publicadas pelo jornal Times of Israel.
Zubeidi era irmão do líder militar do Fatah e foi levado para um hospital palestino para tratamento, mas sua condição se deteriorou, e ele faleceu neste domingo (15).
Nos últimos dias, grupos terroristas palestinos ameaçaram "abrir os portões do inferno" se Zubeidi fosse ferido enquanto estivesse sob custódia israelense.
Palestino carrega retrato de ex-chefe de segurança do partido Fatah, Mohammed Dahlan, no sul da Faixa de Gaza. Foto de arquivo
© AFP 2023 / SAID KHATIB
"Qualquer dano à vida de Daoud Al-Zubeidi abrirá o fogo do inferno na frente da ocupação", disseram homens entrevistados no sábado (14) pelo Times of Israel.
O irmão de Zubeidi, Zakaria, é conhecido por ser o cérebro por trás de vários ataques terroristas durante a Segunda Intifada.
Ele frequentemente dava entrevistas à mídia israelense e se tornou um rosto familiar para o público.
Recentemente Israel intensificou suas operações na Cisjordânia e especialmente na área de Jenin, de onde vêm vários perpetradores de ataques realizados em Israel nos últimos meses.
A violência deixou 19 mortos em cidades no centro de Israel desde 22 de março, sendo considerada a onda de terrorismo mais sangrenta em anos.
Cerca de 30 palestinos foram mortos pelas forças israelenses no mesmo período. Entre eles, a jornalista da Al Jazeera Shireen Abu Akleh, executada com um tiro na cabeça na quarta-feira (11).
Ali Samoudi, jornalista palestino e colega de Shireen Abu Akleh, também foi baleado, nas costas, e levado a um hospital em condições estáveis.
Ambos os jornalistas estavam usando coletes de imprensa e capacetes, conforme exigido dos repórteres que operam em zonas de guerra ativas.
Israel sugeriu que militantes palestinos armados supostamente dispararam contra os jornalistas.
No entanto, Samoudi, que estava com Abu Akleh no momento do tiroteio, disse mais tarde que não havia resistência militar palestina e que os militares israelenses atiraram nos membros das equipes de reportagem.