As mudanças devem também abranger a implantação de ogivas nucleares nos mísseis Kalibr e Iskander na fronteira ocidental.
De acordo com Igor Korotchenko, em caso de ingresso da Finlândia e Suécia no bloco já até junho, as Forças Armadas desses países serão integradas na estrutura militar da aliança. Se a situação do conflito europeu se agravar, em qualquer momento pode ser efetuado o desdobramento de unidades de combate das forças da OTAN ou outras ações nos territórios destes dois países, o que afetará drasticamente a segurança nacional da Rússia.
É extremamente importante para Moscou nivelar rapidamente essa e outras ameaças. Ao mesmo tempo, criar o potencial de contenção em forma de novas brigadas, divisões, fortalecimento dos sistemas de defesa antiaérea, especialmente para defender a fronteira extensa com a Finlândia, demandará recursos financeiros significativos e levará muito tempo.
"Apenas a chegada em 2022 de armas nucleares táticas nas tropas do Distrito Militar Ocidental e na Frota do Báltico poderá de forma rápida eliminar a disparidade que existe hoje e que aumentará ainda mais, se compararmos os potenciais das Forças Armadas da Rússia com o dos países da OTAN junto com seus novos membros, que nos superam significativamente em número tanto de pessoal como de armas e equipamento militar", aponta o analista.
"É preciso sermos pragmáticos e mudarmos a doutrina militar russa: a aposta no armamento nuclear tático deve se tornar a base para conter as aspirações agressivas da OTAN", acrescentou.
Na sua opinião, também é necessário começar o desenvolvimento da versão terrestre do complexo móvel com mísseis guiados Kalibr com implantação posterior nas regiões noroeste do país.
De acordo com o especialista, o Conselho de Segurança Nacional russo deve iniciar o estudo de possíveis passos de resposta.