Recentemente, a Suécia tomou a decisão oficial de submeter sua candidatura de adesão ao bloco, comunicou no domingo (15) o Partido Social-Democrata sueco, no poder. Intenção idêntica foi anunciada também pelo presidente Sauli Niinisto e pelo governo da Finlândia. Nos próximos dias, o parlamento do país deverá aprovar a decisão.
Segundo afirmou Sergei Ryabkov, ninguém deve ter ilusões de que a Rússia simplesmente se resignará à entrada da Suécia e Finlândia na OTAN.
"Eles [os Estados-membros da OTAN] não devem ter quaisquer ilusões de que nós simplesmente toleraremos isso [...] Isso significa que o nível geral da tensão militar vai aumentar, e que haverá menos previsibilidade nesta área. É uma pena que o senso comum seja sacrificado a algumas ideias fantasma sobre o que deve ser feito nesta situação", disse Ryabkov.
A reação de Moscou ao ingresso desses dois países na aliança vai depender de seus passos concretos. Mas, de acordo com as palavras do diplomata russo, é certo que a segurança nesses dois países não melhorará depois desse passo.
"É mais um erro com consequências de longo alcance [...] Este é o nível daqueles que hoje tomam decisões políticas nos respetivos países", acrescentou.
"Em que forma nós vamos garantir nossa segurança após a mudança de configuração geral da OTAN é outra questão. Isso dependerá do que serão as consequências em termos práticos da esperada adesão da Finlândia e Suécia à Aliança Atlântica", constatou o vice-chanceler.