As informações foram divulgadas pelo site da emissora Fox News nesta terça-feira (17).
Mark Hayward, ex-soldado norte-americano, disse que foi convocado pelas Forças Armadas da Ucrânia para ensinar as tropas a usar o artefato bélico.
Ele teve que aprender sozinho a usar o sistema de armas Javelin cerca de 12 horas antes de treinar fuzileiros navais das tropas ucranianas, segundo informou a reportagem.
"Usei uma variedade de armas antiblindagem [durante a carreira militar], mas as idiotas eram de última geração quando saí do serviço. Eu não tinha nenhuma experiência com o Javelin", declarou.
Hayward deixou o Exército dos EUA em 2007, mas viajou para a Ucrânia no início deste ano para se juntar a uma legião estrangeira, grupo de mercenários que está em combate no país após a Rússia lançar sua operação militar especial.
O ex-soldado disse que os ucranianos receberam dele um treinamento mínimo sobre como usar os mísseis Javelin, já que o Ocidente não enviou baterias suficientes para recarregar e demonstrar seu uso.
A solução improvisada veio com baterias feitas por engenheiros ucranianos, contou ele. Acopladas a um míssil de US$ 100 mil (R$ 494 mil), elas permitiram o funcionamento do Javelin.
"Não explodiu e funcionou muito bem", comemorou o ex-soldado.
Os Estados Unidos enviaram cerca de 5.500 mísseis Javelin para a Ucrânia.
Apesar das garantias do Departamento de Defesa, o governo Biden está analisando planos alternativos caso haja escassez de projéteis, especialmente devido à crise mundial de semicondutores. Cada míssil Javelin tem mais de 200 semicondutores.
O senador democrata norte-americano Richard Blumenthal disse que os Estados Unidos já distribuíram quase 35% de seus mísseis Javelin disponíveis para a Ucrânia. O congressista estimou que poderia levar até 32 meses para reabastecer os estoques.
A fabricante bélica Raytheon disse que provavelmente o reabastecimento completo do arsenal de Javelins não ocorrerá antes de 2024.