Panorama internacional

Fim do embargo? EUA aprovam retomada das operações de empresas petrolíferas na Venezuela

Os Estados Unidos permitiram que empresas petrolíferas norte-americanas e europeias retomassem o trabalho na Venezuela, disse Delcy Rodríguez, vice-presidente venezuelana, nesta terça-feira (17).
Sputnik
Delcy Rodríguez foi às redes sociais para confirmar as informações preliminares de que os EUA retomariam suas atividades petrolíferas na Venezuela.
O governo bolivariano da Venezuela verificou e confirmou a notícia publicada de que os Estados Unidos da América autorizaram as companhias petrolíferas norte-americanas e europeias a negociar e reiniciar as operações na Venezuela.
Ela também falou sobre a recuperação econômica no país (que apresenta inflação em queda e taxa de câmbio estável) e denunciou "as sanções ilegítimas e o bloqueio desumano" implementados pelos EUA contra a Venezuela nos últimos anos.
Mais cedo, autoridades dos EUA disseram que, se houver progresso, pode haver uma oportunidade de envolvimento do país com o governo de Nicolás Maduro.
Também foi dito que o governo do presidente venezuelano e a oposição retomarão em breve o diálogo político. Dependendo dos resultados, Washington poderá ajustar sua política de sanções para aumentar ou diminuir sua pressão.
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Nos últimos meses, ante a escassez de petróleo no mundo, foi relatado que os EUA decidiram retomar as negociações com a Venezuela.
A iniciativa ocorre em meio às rígidas sanções impostas aos fornecedores de energia russos. Em março, EUA e Venezuela discutiram a possibilidade de afrouxar as sanções petrolíferas contra Caracas, mas não conseguiram fazer progressos significativos.
Washington introduziu o primeiro pacote de restrições contra a Venezuela em 2015, citando "violações de direitos humanos". As sanções foram estendidas após a chegada de Joe Biden ao governo.
Os EUA, com vários outros países ocidentais, não reconheceram a reeleição do presidente Nicolás Maduro e endossaram Juan Guaidó, da oposição, como "chefe de Estado interino".
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Em março deste ano, Maduro destacou que seu governo estava conversando com os parceiros da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e países associados), que decidiram continuar com o aumento planejado na produção de petróleo em 400 mil barris diários, desde abril.
Ele disse que a Venezuela "sempre estará na vanguarda das iniciativas para estabilizar o mercado de petróleo, o mercado de gás e o mercado de energia".
Em dezembro de 2020, o Ministério do Petróleo da Venezuela anunciou que pela primeira vez desde 2018 a produção de petróleo do país ultrapassou um milhão de barris.
Vale lembrar que, em novembro de 2020, o Tesouro dos EUA aprovou uma licença que obrigava a liquidação de atividades de empresas norte-americanas na Venezuela.
As petrolíferas foram proibidas de perfurar solo na Venezuela e levantar, comprar ou processar petróleo ou produtos petrolíferos de origem venezuelana.
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