Panorama internacional

MRE da Rússia: temos dados de que as negociações ucranianas são conduzidas por EUA e Reino Unido

A chancelaria da Rússia cita fontes indicadoras de que os EUA e o Reino Unido limitam a margem de manobra dos negociadores ucranianos com os russos em meio aos eventos na Ucrânia.
Sputnik
O Reino Unido e os EUA dirigem o grupo de negociadores ucranianos sobre a operação militar especial da Rússia, afirmou na terça-feira (17) o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, citando fontes.

"Era claramente um sinal de que a atividade independente da Ucrânia, revelada na entrega de princípios aceitáveis [durante as negociações na Turquia] para atingir acordos, provavelmente não foi aceita no Ocidente. A nós também chega informação de vários canais de que Washington e particularmente Londres 'dirigem' os negociadores ucranianos e regulam sua capacidade de manobra", assinalou Sergei Lavrov, chanceler da Rússia.

"Segundo nossos dados, eles [ucranianos] não receberam do Ocidente as confirmações de que o Ocidente está pronto para assinar as garantias de segurança da Ucrânia", acrescentou.
A Ucrânia é material dispensável na guerra híbrida com a Federação da Rússia, que foi anunciada publicamente pelo chefe das Relações Exteriores da União Europeia (UE), disse o ministro.
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"Josep Borrell [...] diz publicamente que 'esta guerra deve ser vencida no campo de batalha', os britânicos, americanos, presidentes, primeiros-ministros, ministros, declaram que 'não temos o direito de deixar a Rússia vencer, a Rússia deve ser derrotada'", citou Sergei Lavrov.
"Isto é, a guerra foi declarada por eles, e não entre a Ucrânia e a Rússia, mas entre o Ocidente e a Rússia. Já a Ucrânia se tornou [...] Sabem, já existe uma expressão popular que 'o Ocidente está pronto para lutar até o último ucraniano', muito apropriada'", concluiu ele.
A Rússia também está pronta para continuar resolvendo questões humanitárias, como no caso da retirada de feridos da siderúrgica Azovstal, continuou o chanceler russo.
"Todos estes anos temos insistido nas negociações, temos sido ignorados. Portanto, agora seremos nós a resolver problemas, dependendo de como os vemos. Sublinho que estando sempre prontos para resolver questões humanitárias, como aconteceu ontem [16], quando graças a nossos militares, suas iniciativas no terreno, foi possível remover centenas de feridos da Azovstal, e estes são os princípios que estão por trás das ações do Exército russo", sublinhou Lavrov.
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