Panorama internacional

México pede aos EUA o fim da OEA e a criação de uma nova organização para as Américas

Os países do continente americano devem lançar as bases para uma nova relação multilateral que vá além do modelo da Organização dos Estados Americanos (OEA) e busque um vínculo como o da União Europeia, afirmou o governo do México.
Sputnik
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, conversou nesta quarta-feira (18) com o assessor especial do presidente Joe Biden para a Cúpula das Américas Chris Dodd.
Durante o encontro ele propôs que os países se unissem para liderar a América em uma nova dinâmica de colaboração internacional.
As informações foram confirmadas nas redes sociais do ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard.
Segundo ele, Obrador "propôs que o continente americano caminhasse" para uma espécie de bloco multilateral com características semelhantes às da União Europeia.
A OEA foi acusada ao longo de sua história por diferentes atores políticos de defender os interesses de Washington sobre as soberanias dos países que a compõem.
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Nos últimos anos, a organização foi acusada de assumir posições de franca hostilidade, principalmente contra os governos de Nicolás Maduro, na Venezuela, e Daniel Ortega, na Nicarágua.
Além disso, há acusações de envolvimento no golpe de Estado perpetrado contra Evo Morales em novembro de 2019, quando o boliviano foi forçado a renunciar à presidência do país sul-americano e se exilar no México.
Durante a reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) realizada em setembro de 2021 na Cidade do México o governo mexicano levantou a possibilidade de superação da OEA enquanto espaço de comunicação regional.
A Cúpula das Américas, a ser realizada em junho em Los Angeles, na Califórnia, também gerou tensões entre México, Bolívia, Guatemala, Brasil e Estados Unidos.
Washington se tornou alvo de críticas por se recusar a convidar Nicarágua, Cuba e Venezuela por considerá-los governos autoritários e antidemocráticos.
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